Para nascer um mundo novo – pós, novo mundo.
Para curar a doença da humanidade;
Para purificar o ar e limpar toda essa atmosfera poluída.
Poluída de perfume francês, de vapor de picanha e dos flatos – odor “tuttifrutti”.
O mundo tem que acabar logo, visse!
Porque não há mais concerto pra essa gambiarra
– Que gambiarra de progresso vertical é essa?
Construída pelos engenheiros e operários ordinários
Que cotidianamente preparam massa cinza.
Subordinada a velar a morte do organismo vivo
– A Terra. Oh terra.
Há uma era capital.
Jaz o meio de vida natural.
O mundo tem que acabar logo, oxente!
Para nascer uma nova gente,
Uma gente mais animal duque racional.
Porque o animal se respeita
E o homem se despeita.
O mundo tem que acabar logo, jão!
Porque não adianta fugir pro campo
Nem pras matas, nem pro cerrado.
Nem pro deserto e nem pra lua.
Porque enquanto existirem satélites, rádios,
Antenas, microondas e cabos de internet,
O ser humano, por mais desenvolvido que seja,
Irá reproduzir o espetáculo da mentira do primeiro mundo.
O mundo tem que acabar logo, sô!
Para que haja a necessária revolução,
A sua própria revolução, homem.
Só assim serás digno de evolução.
Cria-se então um novo-mundo-novo.
Moto perpétuo.
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