Esse Saci surgiu de um brasil.
Do brasil deixado pelos exploradores que vieram atrás do pau vermelho.
Fizeram grande fogueira.
Deixaram a madeira queimando…
Escureceu. Virou brasa. Virou carvão. Virou carvão e brasa ao mesmo tempo.
E os tons de vermelhos – sob Lua -, incandesciam a grande mata verde.
Fechada. Desvirginada.
Passado algum tempo, os paus incandescentes traziam consigo vozes do além.
Vozes e gemidos do sofrimento de uma gente. Gente pura, inocente, quase inconsciente.
De uma gente brincalhona – sem vergonha.
E de outra gente trazida de longe, tirada das entranhas de outra terra Mãe.
Gente terrestre, que viaja pelo cosmo em busca de sabedoria, para não lhe faltar a nobreza de ver, ler e compreender a legislação da natureza.
Gente que se mata e que se come. Que guerreia por crer no invisível..
As cores desse Saci são as vermelhas, as pretas e as brancas.
Esse Saci é imaterial, porque aglutina os espíritos desses povos coloridos na leveza do vento.
Esse Saci manifesta seus espíritos ancestrais na forma visual de apenas um pé, para justapor o equilíbrio absoluto de diferentes gentes, gerando assim a sabedoria cósmica de que os homens-2000 tanto precisam – antes que se tornem máquinas por inteiro.
È O . . .
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