A sociedade-capital está frágil.
As instituições do Estado são frágeis porque permitem a dependência de recursos estrangeiros.
Exercem a opressão sobre a classe trabalhadora, fragilizando-a ainda mais.
Mas todo o Estado fica frágil diante dos desejos da classe abastada.
A humanidade só é frágil diante da fome e da sede.
O ser humano consumista de uma sociedade fragilizada é e sempre será frágil perante os estímulos da violência, da vaidade, da libido, da inveja e do pré-conceito; e sempre dará audiência para os seus ídolos, que são tão frágeis quanto.
Porém, em uma sociedade fragilizada, o ser humano forte erra quando demonstra resistência.
Pois a sociedade frágil irá chamá-lo de louco,
de antissocial e até de Saci Urbano.
Um Estado fraco, em uma sociedade frágil, propõe – à força! – a presença da neve em terra tropical para aquecer a sua economia.
Essa sociedade frágil, porém racional, anuncia desejos de consumo no caminho do trabalhador;
Essa sociedade frágil, porém racional, compartilha os interesses externos no telejornal;
Essa sociedade frágil, porém racional, se utiliza de métodos baratos para calar a arte do artista.
A elite age impiedosamente na fragilidade animal da pessoa humana.
E, assim, se fortalece a fragilidade da sociedade contemporânea.
É frágil a ponto de ter como sentido de sua existência o excessivo consumo de bens materiais à custa de seres vivos; e também de serviços para obterem bens imateriais, editados e manufaturados por essa sociedade.
O fato é que tal fragilidade propõe a exclusão social de quem é resistente.
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